por Cláudia Matos Silva, em 19.05.14
Há passeios que fazemos pelo apelo turístico ao nosso próprio país e não por se revelar prático ou económico. É o caso da viagem de Ferry a Tróia. Discussões à parte, porque é um mimo aos sentidos que não fica propriamente barato se o agregado familiar for extenso, é vista que nos devemos permitir nem que seja para um detox ao fervor urbano. Passamos os dias a deslizar no asfalto, entre quilómetros de estrada cinzenta e os mesmos destinos. Para algo diferente, deslizem no azul com o Atlantic a rasgar ondas.


Atentem, muitas vezes um pulo é um motivo suficiente para me fazer sair de casa. Saio num pulo e salto num só pulo para ganhar um dia assim, num pulo. Não se desvalorize a importância do pulo numa altura em fazemos tudo num estalar de dedos e isso invariavelmente pode levar a apatia e desmotivação para tudo o resto. Ao nosso redor, já não se pula, tudo ganha asas para 'voar' porque 'voar' parece implicar um esforço menor. Mas tudo tem um princípio e a lei da gravidade, assim como a sua desmistificação revela-nos isso mesmo, o que sobe, desce. Pousemos um pouco junto dos que mais amamos e com os afectos que tornam toda a nossa existencia tão mais interessante, pulemos juntos, para também juntos cairmos de pés no chão a sorrir.
Amanhã, conto-vos a história do meu salto no Atlantic *-*
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